depois das onze

Na neblina da noite
ando a procurar meu ponto,
passos largos, embriagados
nessas doidas noites de sexta
torno-me quem deveras sou
com direito a gritos internos.
Um coração repleto na lotação vazia
somos eu, motorista e destino
mas que detino é esse
onde chego não me sinto em casa
qual o meu destino afinal?
Sem fim é o meu início
principiante, jogando e apostando alto,
apanhando da vida, chorando sozinha
para no picadeiro diário sorrir
palhaça melancolia meu nome, prazer.


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