19/05/2007 madrugada rendendo versos

o que há?
se o lábios permacem cerrados
mesmo com tanto a dizer
se os versos viram pecados
na tarefa de "ser"

pra onde vai então?
se ser sozinha é mais que destino
permanço um ser extra
em cantos, recantos, sobrando
quimera eu estar sonhando
que você virá aqui
sou produto

sem forças pra tirar do chão meus pés
fechar os olhos pra sem demora dormir
estaria que sabe de novo ali
onde fui feliz
contigo em momento passado
que lamento meu não-poder
de como na tv voltar no tempo
e em teu abraço dizer
o que deixei de revelar

cá?
sintomas de doenças imaginárias
sentimentalismo barato
e pinga pra regar o mau humor
eles fodem nas ruas
eu sou só cor crua
sem vidas manchar
quem vai lebrar que eu existi?
desisti há tempo de tentar explicar
não vou, sou, ou tenho
na vida fé
sou protótipo-mulher
que cientista nenhum poderá acabar
esse projeto tem vontade própria
então vou meus olhos cerrar
porque preocupações
como simetria de versos não me afligem
o que me causa paúra é não ter
ninguém a me reparar
então me olha
pois meu sorriso será meu agradecimento
minha vontade será de gritar
mas meu instinto sua frente tomará
não irei dizer nada
e se do nada vier o nada
assim a vida ficará.

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